ROLEZINHOS (ANA BEATRIZ – 3º ANO EM)

Ótima produção, Ana. Crítica bastante pertinente! 😉

Abraços,

Profª Simone Costa


ROLEZINHOS

É inadmissível afirmar que o preconceito já não existe no Brasil. Apesar de, na maioria das vezes, este não se revelar explícito, como justificar, por exemplo, a tamanha repulsa sofrida pelo movimento dos “rolezinhos” em São Paulo?

Atualmente, a principal crítica aos jovens refere-se à sua falta de engajamento nas questões sociais que os permeiam. Entretanto, quando se articulam em prol de determinada causa, no caso, a liberdade de ir e vir de jovens da periferia em shoppings centers, são reprimidos, ao passo que sua ação vai de encontro a ordem elitista imposta.

Julgar um indivíduo de acordo com o seu local de origem, vestimentas e estilo de vida, e ainda proibi-lo de frequentar determinado lugar, alegando o fato de que aquele local não é adequado a ele, bem como a sua possibilidade de causar danos àquele espaço revela que a questão de inclusão social no Brasil ainda é uma utopia.

Shoppings centers são ambientes que reúnem lojas, restaurantes e cinemas, e supostamente, esferas abertas a qualquer tipo de público. Entretanto, a partir do momento em que pessoas de diferentes classes sociais são tratadas de maneira desigual ao tentarem conviver nesse meio, conclui-se que a antiga ideia de segregação socioespacial ainda é latente em pleno século XXI.

Enquanto o conservadorismo da população, e até mesmo o do próprio Estado, prevalecerem, situações como essa permanecerão como impasse para o progresso da sociedade. Promover ações de inclusão social e refletir sobre o verdadeiro valor de cada um como ser humano são atitudes de extrema importância no combate às diferenças.

                                                                                              Ana Beatriz (3º ano E.M.)

TEMPO, O MOTOR DE NOSSAS VIDAS (LETÍCIA DIAS – 3º ANO E.M.)

Parabéns pelo texto, Letícia! Reflexão primorosa. 😉

Abraços,

Profª Simone Costa


TEMPO, O MOTOR DE NOSSAS VIDAS

Tempo. Palavra que nos remete a um turbilhão de significados, mas que geralmente usamos para nos referir à sua forma medida; sim, simplesmente isso, a própria vida, os acontecimentos, nossa história! Chega a ser superficial falar de tempo hoje em dia, quando não se há tempo para pensar no que é tempo.

    Ouvimos muito, principalmente dos mais velhos, expressões como “no meu tempo” ou “as coisas já não são mais como antigamente”. Será que o tempo passou tão rápido e mudou tanto na sua maneira de correr que impressiona as pessoas? Ou será que, não o próprio tempo, mas a evolução da sociedade em si, reverteu valores de tal forma que não vemos a passagem do tempo como algo positivo?

    Na sociedade capitalista na qual vivemos as pessoas se preocupam com a manutenção das suas necessidades, dos seus prazeres e com o acúmulo de bens. O tempo é usado para conquista-los e, com isso, valores e tradições são ultrapassados e substituídos por tais conquistas. Muitos problemas nas famílias atuais como a desvalorização do casamento, a falta de diálogo e carinho entre pais e filhos e efeitos da globalização, como por exemplo, a supervalorização das redes sociais, são decorrentes dessa interessante busca pelo “ter”, onde o “ser” é colocado de escanteio.

    Realmente, a sociedade progride, o tempo passa, as coisas evoluem e a mudança é sim necessária, mas precisamos entender que não podemos deixar de lado os valores morais, permitindo que o tempo seja um cobertor sobre as relações interpessoais. E impedir que as coisas supérfluas da vida comutem o que é primordial.

    Como já dizia Caetano; “Por seres tão inventivo e pareceres contínuo, tempo, tempo, tempo, tempo…”, efetivamente não o controlamos e nem planejamos, apenas o moldamos.

Letícia Dias (3º ano E.M.)